Na terça-feira, dia 18 de junho, a Polícia Civil de Alagoas anunciou um movimento significativo na investigação da Operação Game Over, solicitando o bloqueio de R$ 38 milhões do patrimônio de 12 influenciadores locais. Essa ação visa conter as atividades ilegais relacionadas ao “Jogo do Tigrinho”, um cassino online que vem sendo amplamente divulgado nas redes sociais.
A operação, que teve início há oito meses, ganhou destaque ao apreender bens de luxo e contas bancárias dos envolvidos. Até o momento, foram confiscados oito carros de alto valor, incluindo um Corvette conversível avaliado em mais de R$1,1 milhão. Além disso, entre os veículos apreendidos estão três Porsches, um Volvo, um Fastabck, uma Pajero Sport e um Range Rover Velar, totalizando mais de R$ 3 milhões em bens de luxo nas mãos dos investigados.
Segundo o delegado Lucimério Campos, da Delegacia de Estelionato, os influenciadores são acusados de promoverem o “Jogo do Tigrinho” de maneira ilegal, induzindo seguidores a participarem de apostas online que violam a legislação brasileira de jogos de azar. “Essa é uma prática disseminada que tem trazido uma verdadeira ruína nas finanças das pessoas”, afirmou o delegado.
Os influenciadores, que acumulam milhões de seguidores nas redes sociais, são acusados de estelionato por promoverem um jogo considerado ilegal no país. A Polícia teve acesso a áudios onde os mesmos influenciadores detalham as estratégias para atrair seguidores, cobrando quantias exorbitantes para divulgar o “Jogo do Tigrinho”. Verolayne, uma das influenciadoras investigadas, admitiu que cobra R$ 80 mil por postagem, mas ressaltou que não participa diretamente das apostas, apenas simulações.
O cassino online, conhecido por prometer ganhos expressivos, enfrenta forte resistência legal no Brasil devido à proibição dos jogos de azar pela Lei de Contravenções Penais. A participação de influenciadores digitais na promoção desses jogos levanta questões éticas e legais, especialmente quando suas ações podem levar à ruína financeira de seus seguidores.
A operação continua em andamento, com a polícia focada em identificar todos os envolvidos e recuperar os recursos que foram desviados ilegalmente. O desfecho dessa investigação poderá ter repercussões significativas não apenas para os influenciadores, mas também para a regulamentação e o controle das atividades de apostas ilegais na internet.
Diante desses eventos, fica evidente o papel crucial das autoridades em monitorar e combater práticas que colocam em risco a segurança financeira e a integridade dos cidadãos. A operação reforça a mensagem de que a lei deve ser respeitada por todos, independentemente da influência ou popularidade na internet.
Este caso não apenas destaca os perigos associados ao uso indevido das redes sociais, mas também sublinha a responsabilidade dos influenciadores em promover práticas legais e éticas em suas plataformas digitais.