A possibilidade da Seleção Brasileira usar camisa vermelha como segundo uniforme para a Copa do Mundo de 2026 surpreendeu torcedores e especialistas. A informação foi divulgada pelo site Footy Headlines, especializado em vazamentos de camisas, que também revelou que o modelo seria lançado pela Jordan Brand, linha premium da Nike.
Mas afinal, a Seleção Brasileira pode usar vermelho oficialmente? O que diz o estatuto da CBF sobre as cores permitidas nos uniformes?
O que diz o estatuto da CBF sobre os uniformes da Seleção?
Segundo o Artigo 13 do estatuto da CBF, os uniformes da Seleção devem obedecer às cores da bandeira da CBF, que são derivadas da bandeira nacional: verde, amarelo, azul e branco. Essa norma fundamenta a clássica combinação da “amarelinha” como uniforme principal e o azul como segundo kit — utilizado, por exemplo, na final da Copa de 1958.
Contudo, o estatuto também prevê exceções que permitem o uso de outras cores:
“Os uniformes obedecerão às cores existentes na bandeira da CBF […] sendo permitida a elaboração de modelos comemorativos em cores diversas, sempre mediante aprovação da Diretoria.”
Ou seja, modelos comemorativos com cores diferentes, como a camisa vermelha e preta especulada para 2026, são permitidos desde que autorizados pela Diretoria da CBF.
Histórico: a camisa preta de 2023 como precedente
Essa não seria a primeira vez que a Seleção entraria em campo com um uniforme fora da paleta tradicional. Em 2023, contra a Guiné, o Brasil usou uma camisa totalmente preta como forma de protesto contra o racismo. A ação foi aprovada pela CBF e serviu como marco histórico, reforçando a flexibilidade estatutária.
A camisa vermelha da Seleção Brasileira em 2026 é possível?
Sim. A Seleção Brasileira pode usar camisa vermelha, desde que a decisão seja aprovada internamente. A Jordan, nova marca ligada à Nike na produção de materiais esportivos da Seleção, pode optar por lançar um uniforme alternativo com design e cores fora do padrão — desde que se enquadre como “modelo comemorativo”.
Vale lembrar que o estatuto não exige que todas as cores da bandeira estejam presentes em cada uniforme, apenas que o modelo esteja em conformidade com a linha visual da CBF e tenha aprovação oficial.

Tradição x inovação: a recepção da nova camisa
Apesar da autorização legal, a mudança pode dividir opiniões. O segundo uniforme azul é parte da identidade da Seleção Brasileira há décadas e carrega memórias afetivas para os torcedores. Trocar o azul pelo vermelho pode ser visto como ousadia por uns e desrespeito à tradição por outros.
No entanto, em tempos em que a comunicação visual do futebol se torna cada vez mais globalizada, com marcas como a Jordan apostando em designs arrojados, essa mudança pode ser parte de uma estratégia de reposicionamento de imagem e engajamento de novas gerações.
Conclusão
Do ponto de vista legal, não há impedimento para que a Seleção Brasileira use camisa vermelha em 2026. O estatuto da CBF permite modelos comemorativos com cores diversas, desde que aprovados pela Diretoria. A camisa preta de 2023 serve como precedente para esse tipo de mudança.
Resta saber como o público vai receber essa ousadia visual. Será que o vermelho vai conquistar o coração dos torcedores ou causar rejeição?