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Quem é o novo Papa? Conheça Robert Francis Prevost, o Leão XIV – o primeiro papa americano da história

Quem é Robert Francis Prevost? Conheça o novo papa Leão XIV

🚨 Breaking news vaticana! A tão aguardada fumaça branca subiu da Capela Sistina nesta quinta-feira (8) e anunciou: a Igreja Católica tem um novo papa. O eleito foi o cardeal Robert Francis Prevost, que agora atende pelo nome de Papa Leão XIV. E sim, é histórico: ele é o primeiro papa vindo dos Estados Unidos – e o primeiro pontífice nascido em um país de maioria protestante.

Um papa americano com coração latino

Robert Francis Prevost nasceu em Chicago, mas tem alma missionária. Grande parte de sua trajetória religiosa foi construída no Peru, onde viveu e trabalhou por mais de uma década. Lá, foi padre, bispo, e se envolveu com causas sociais em regiões pobres. Inclusive, durante o regime autoritário de Alberto Fujimori, Prevost chegou a exigir desculpas públicas pelas injustiças cometidas pelo governo.

O que ele fazia antes de virar papa?

Antes de vestir a batina branca, Prevost ocupava dois cargos de peso no Vaticano: era o prefeito do Dicastério para os Bispos (basicamente, ele decidia quem viraria bispo no mundo todo) e também era presidente da Comissão Pontifícia para a América Latina. Ou seja, mesmo sendo discreto e avesso aos holofotes, ele já tinha influência forte nos bastidores da Igreja.

Um líder tranquilo, mas com pulso firme

Apesar do jeito calmo e reservado, Prevost é considerado um reformista, bem alinhado ao estilo do Papa Francisco. Ele tem formação sólida: estudou teologia em Chicago e direito canônico em Roma. Desde os 22 anos na vida religiosa, sempre teve perfil de liderança, mas sem ostentação. Ele fala pouco em público, evita entrevistas, mas é respeitado por sua seriedade e visão pastoral.

Sim, tem polêmica no passado

Em 2023, Prevost enfrentou uma das maiores crises de sua carreira. Três mulheres o acusaram de não agir rapidamente diante de denúncias de abuso sexual cometidos por padres no Peru. Segundo as vítimas, ele foi informado formalmente em 2022 e encaminhou o caso ao Vaticano. Um dos padres foi afastado e o outro já estava inativo por motivos de saúde. A diocese negou qualquer acobertamento e o caso ainda está sob investigação.

Conclave disputado e nome simbólico

O conclave começou na quarta-feira (7) com 133 cardeais (incluindo sete brasileiros). As primeiras três votações terminaram em fumaça preta. Só na quarta rodada, na quinta-feira, veio a decisão definitiva: Robert Prevost foi eleito com pelo menos 89 votos — o mínimo necessário.

E o nome “Leão XIV” não foi escolhido à toa. Leão é um nome tradicional entre papas fortes, como Leão I, o Magno (que enfrentou Átila, o Huno) e Leão XIII (conhecido por sua abertura à justiça social). Ou seja, talvez estejamos prestes a ver um pontificado que busca equilíbrio entre firmeza e renovação.

O que esperar do papado de Leão XIV?

Ainda é cedo para saber o estilo completo do novo papa, mas tudo indica que ele será um gestor interno habilidoso, preocupado com a estrutura da Igreja e a escolha de líderes locais. Ele deve seguir a linha de Francisco em temas como inclusão, escuta das periferias e descentralização. Por outro lado, pode adotar um tom mais técnico e institucional.

Temas como abusos sexuais, presença LGBTQIA+ na Igreja, o papel das mulheres e o diálogo com outras religiões também estarão no radar. Mas o modo como ele vai conduzir essas conversas ainda é uma incógnita.

Um novo capítulo para o catolicismo

A eleição de Robert Francis Prevost como Papa Leão XIV é o início de uma nova fase na Igreja. Um papa americano, com alma latino-americana, que combina erudição, experiência pastoral e uma pegada discreta, mas estratégica.

Se ele vai viralizar ou manter o estilo reservado, só o tempo dirá. Mas que ele tem tudo para deixar sua marca — e surpreender —, isso é certo.

Tadalafila como pré-treino: riscos do uso indevido nas academias

Tadalafila como pré-treino: riscos do uso indevido nas academias

O sucesso que começa nas redes sociais e termina nas farmácias

A tadalafila, originalmente criada para tratar disfunção erétil, tem se tornado protagonista de um novo e arriscado fenômeno nas academias brasileiras. Mencionada em memes, vídeos de humor e até em letras de música, essa substância ganhou um novo status cultural — e, ao mesmo tempo, passou a ser usada fora de suas indicações médicas.

A explosão nas vendas reflete essa nova realidade: dados da Anvisa mostram que as caixas vendidas saltaram de 21,4 milhões em 2020 para 47,2 milhões em 2023. Apenas no primeiro semestre de 2024, foram comercializadas 31,1 milhões de caixas. Se o ritmo se mantiver, o ano fechará com mais de 60 milhões vendidas, um crescimento de quase 200% em apenas quatro anos.

Entre os motivos por trás da popularização, estão duas promessas não comprovadas: o ganho de massa muscular ao usá-la como pré-treino e o aumento da performance sexual. Mas o que há de verdade nisso tudo?

O que é a tadalafila e para que ela realmente serve?

A tadalafila é um inibidor da enzima fosfodiesterase tipo 5 (PDE5). Ela facilita o fluxo sanguíneo ao pênis, promovendo a ereção durante estímulos sexuais. Além da disfunção erétil, o medicamento também é aprovado para o tratamento da hiperplasia prostática benigna e da hipertensão pulmonar.

Diferente do Viagra, que tem efeito de até 4 horas, a tadalafila pode agir por até 36 horas. Também pode ser tomada diariamente em doses menores, o que contribuiu para seu apelo como facilitador da vida sexual.

O mito do pré-treino

Nos últimos anos, ganhou força a ideia de que a tadalafila poderia aumentar o rendimento nos treinos, por favorecer a dilatação dos vasos sanguíneos e melhorar a irrigação muscular. Segundo essa lógica, o aumento do fluxo de sangue traria mais nutrientes e oxigênio para os músculos, ampliando os ganhos de hipertrofia.

Mas especialistas alertam: essa é uma aplicação sem respaldo científico. “Não existe comprovação sobre esse uso. Os estudos são pequenos, com menos de 50 voluntários, e inconclusivos”, explica o urologista Luiz Otávio Torres, presidente da Sociedade Brasileira de Urologia.

A farmacêutica Amouni Mourad reforça que não há necessidade de remédio para o crescimento muscular. “Os próprios exercícios físicos, bem orientados, já são suficientes para isso”, afirma.

Os riscos do uso indevido

Mesmo sendo considerada segura em ambientes controlados, a tadalafila pode trazer efeitos colaterais e até riscos sérios quando usada sem indicação médica.

Entre os efeitos adversos mais comuns estão:

  • Dor de cabeça
  • Congestão nasal
  • Indigestão
  • Dor nas costas e musculares
  • Rubor facial

Os riscos mais graves incluem:

  • Queda acentuada da pressão arterial (especialmente em quem usa nitratos)
  • Priapismo (ereção prolongada e dolorosa)
  • Eventos cardiovasculares, como infarto e AVC

A bula também alerta para reações incomuns e raras, como falta de ar, visão borrada, reações alérgicas, coceira, inchaço no rosto e, em casos extremos, problemas cardíacos. Muitos desses efeitos ocorrem principalmente em pessoas com fatores de risco preexistentes.

Além do impacto físico, há o risco emocional. “O uso recorrente sem necessidade pode gerar uma dependência psicológica. O indivíduo passa a acreditar que só terá bom desempenho se estiver medicado”, diz Mourad. Esse comportamento reflete um padrão crescente de imediatismo, em que tudo precisa funcionar perfeitamente, o tempo todo.

Um alerta para uma geração impaciente

A popularização da tadalafila fora de suas indicações médicas revela um problema mais profundo: a medicalização da performance, tanto física quanto sexual. Jovens saudáveis estão tomando um medicamento controlado em busca de resultados rápidos, sem considerar as consequências de longo prazo.

Profissionais de saúde são unânimes em afirmar: a tadalafila deve ser usada com prescrição, para casos específicos, após avaliação clínica. Automedicar-se com esse tipo de substância é negligenciar os riscos e tratar o próprio corpo como campo de testes.

Conclusão: resultado duradouro exige responsabilidade

A tadalafila pode ser uma aliada poderosa quando usada corretamente, sob orientação médica. Fora disso, é apenas mais um reflexo de uma cultura imediatista que busca atalhos para conquistas que exigem tempo, esforço e, sobretudo, saúde.

Não se ganha músculos com comprimidos. Nem se resolve inseguranças com medicamentos. O caminho mais seguro — e eficaz — ainda passa pela disciplina, autocuidado e acompanhamento profissional.

Apagão em Portugal e Espanha em 2025 causa caos e paralisa serviços

Apagão em Portugal e Espanha em 2025 causa caos e paralisa serviços

Na segunda-feira, 28 de abril, um apagão de proporções inéditas atingiu a Península Ibérica, deixando Portugal e Espanha praticamente às escuras por várias horas. O blecaute afetou não apenas residências, mas também paralisou serviços essenciais como transportes, telecomunicações, comércio e aeroportos. Andorra e partes da França também relataram interrupções no fornecimento de energia, aumentando a dimensão da crise.

Apagão paralisa cidades e causa transtornos em massa

O impacto foi imediato e severo. Em Portugal e na Espanha, o transporte público entrou em colapso: metrôs pararam, semáforos deixaram de funcionar e o tráfego se tornou caótico. Na capital portuguesa, Lisboa, vídeos circularam mostrando estações de metrô completamente às escuras e passageiros caminhando pelos trilhos.

No Aberto de Tênis de Madri, partidas foram suspensas, e o metrô da cidade também deixou de operar. Com a falta de energia, serviços eletrônicos colapsaram, impossibilitando pagamentos com cartão e forçando centenas de pessoas a buscar dinheiro em caixas eletrônicos – muitos dos quais também estavam inoperantes.

Aeroportos sofreram com cancelamentos em massa: em Portugal, pelo menos 96 voos foram cancelados, sendo Lisboa o aeroporto mais afetado. Na Espanha, outros 45 voos foram suspensos.

Causa ainda sob investigação, mas sem indícios de ataque

O primeiro-ministro de Portugal, Luís Montenegro, que também preside o Conselho Europeu, afirmou que não há indícios de ataque cibernético. Mais tarde, a EURELECTRIC, entidade que representa o setor elétrico europeu, apontou para um possível problema técnico na conexão entre as redes da França e da Espanha, que teria desconectado o sistema espanhol da malha elétrica europeia.

Segundo Kristian Ruby, secretário-geral da organização, o evento é considerado “muito, muito raro”, e provavelmente envolveu múltiplos fatores além do problema técnico inicial.

População tenta se adaptar ao colapso dos serviços

Nas ruas, o clima foi de incerteza. Muitos recorreram ao que tinham em casa para se alimentar e se locomover. “Tive que andar mais de uma hora para chegar em casa, porque não tinha metrô, nem táxi, e os ônibus estavam lotados”, contou à BBC a brasileira Nina Alves, que vive em Barcelona.

A escassez de recursos básicos também foi sentida. Moradores enfrentaram dificuldades para armazenar alimentos e obter água, especialmente em edifícios com sistemas hidráulicos que dependem de energia elétrica. Mercados fecharam e só alguns comércios conseguiram manter atividades com geradores – exigindo pagamento em dinheiro vivo, um recurso que poucos ainda carregam no dia a dia.

Estado de emergência e resposta governamental

O governo espanhol declarou estado de emergência para regiões que o solicitassem, e Madri, Andaluzia e Extremadura acionaram essa prerrogativa. Forças de segurança foram mobilizadas, e a orientação geral foi de ficar em casa e usar os celulares com moderação, para evitar sobrecarga das redes.

Por volta das 21h em Madri (16h em Brasília), as autoridades começaram a informar restabelecimento parcial da energia. A operadora Red Electrica informou que 82% dos espanhóis já tinham energia restituída na madrugada de terça-feira (29), número semelhante ao divulgado pela operadora portuguesa REN.

Reflexo nas políticas de segurança europeias

O apagão ocorre apenas semanas após a União Europeia recomendar a criação de “kits de sobrevivência” para 72 horas, como parte de uma política de resiliência diante de possíveis emergências como guerras, pandemias ou desastres naturais. A coincidência levantou discussões sobre a preparação dos cidadãos e a real possibilidade de cenários de crise.

“Tem muita gente assustada. Esse apagão aconteceu poucas semanas depois de a União Europeia mandar todo mundo comprar um ‘kit guerra’”, comentou Nina Alves.

Um alerta para a infraestrutura energética europeia

Embora os apagões em larga escala sejam raros na Europa, este evento lembra o blecaute de 2006, quando uma falha na Alemanha afetou 10 milhões de pessoas em diversos países. A atual interrupção, segundo especialistas, expõe a vulnerabilidade da interconexão energética europeia e pode acelerar discussões sobre segurança e autonomia elétrica em tempos de instabilidade geopolítica.

Enquanto isso, a normalização dos serviços continua em andamento, e a expectativa é que investigações mais detalhadas revelem as causas e responsabilidades desse que já é considerado um dos maiores apagões da história recente da Europa Ocidental.