Os influenciadores digitais não precisam mais focar em ganhar milhões de seguidores, mas sim em criar comunidades engajadas. Entenda essa transformação no marketing digital!
Quantas vezes você já se viu planejando uma campanha de marketing e optou por influenciadores com milhões de seguidores? Acredito que muitas. Afinal, o mercado de creator economy movimenta cerca de R$ 70 bilhões, segundo dados do CB Insights. Porém, uma nova tendência está moldando o futuro dos criadores de conteúdo: o creator 2.0.
A Nova Era do Creator 2.0
O foco dos influenciadores digitais está mudando. Antes, a quantidade de seguidores e curtidas ditava o sucesso de um criador. Agora, com o surgimento do creator 2.0, o número de seguidores importa cada vez menos. O que vale é a construção de uma comunidade.
Esse movimento já vinha sendo notado, mas agora é impossível ignorar. Empresas estão mudando suas parcerias para se alinhar com criadores que possuem comunidades engajadas, que compartilham valores e interesses em comum com seus negócios.
Influenciador ou Creator?
A diferença entre o influenciador digital e o creator 2.0 vai além da nomenclatura. “A figura do produtor de conteúdo se deslocou do influenciador”, afirma Paula Passarelli, especialista em marketing digital. O creator 2.0 não tem seguidores, mas sim uma comunidade. Ele não só aparece em frente às câmeras, mas também é responsável por todo o processo criativo, desde a produção até a edição, operando como uma empresa.
O Fim da Busca por Seguidores
Bia Granja, cofundadora da Youpix, explica essa mudança: “O creator 2.0 não está mais focado em ganhar milhões de seguidores e fazer publicidade com marcas para ficar famoso. Ele vê seus seguidores como parte de um grupo, uma comunidade que oferece insights valiosos.”
Esse novo tipo de criador está mais interessado em criar conteúdo que resolva problemas — seja de forma prática ou emocional. Eles estabelecem uma conexão genuína com sua comunidade, o que aumenta sua influência e relevância.
Modo Influencer vs. Modo Business
A era do modo influencer está ficando para trás. Antes, o criador pensava apenas em números: mais seguidores, mais visualizações, mais engajamento. Tudo isso para vender mais anúncios. Porém, no modo business, o criador pensa no seu conteúdo como uma transação comercial, focando em construir relacionamentos com sua comunidade.
A monetização não vem mais apenas da venda de anúncios, mas da troca de produtos e serviços com a comunidade criada. Esse novo modelo de negócio transforma o criador em uma verdadeira empresa, mais preocupada em reter e converter clientes pagantes do que em aumentar números vazios.
Economia da Intenção nas Redes Sociais
Com o crescimento do creator 2.0, surge também a economia da intenção. O conteúdo passa a ser feito sob medida para as comunidades, ao invés de ser produzido apenas para agradar o algoritmo e alimentar a economia da atenção.
Esse novo cenário de marketing digital privilegia criadores que oferecem propósito e utilidade, resultando em um público mais seleto e fiel.
Por que isso importa?
A mudança para o creator 2.0 abre uma nova perspectiva para as estratégias de marketing digital. Empresas devem repensar suas parcerias e campanhas, focando em comunidades engajadas e criadores que ofereçam valor ao seu público.
Seja criando a sua própria comunidade ou se aliando a criadores que compartilhem seus valores, o importante é lembrar: nesta nova era, o foco é agregar valor, e não apenas fazer vendas.
A revolução da creator economy já começou, e quem entender as novas regras do jogo estará à frente.